terça-feira, 13 de novembro de 2012

ERA UMA VEZ, NO PAÍS DA MÍDIA SEM CONTROLE ...

               Já comentei que os meios de comunicação brasileiros dançam de acordo com a música: em tempos de regime militar, músicas patrióticas, novelas e programas com temas edificantes com relação ao grande país que temos e que está sendo construído, além do apoio irrestrito necessário para a realização do projeto de poder autoritário e absolutista, com um verniz bem fino de liberdades permitidas e alienação consentida. Em tempos de restauração democrática, músicas e telesséries com temas mais libertários ou casuais, chegando até, em alguma medida, a rever excessos do regime anterior.


              De uma hora para outra, no entanto, ao ver que o partido dos trabalhadores chegou ao poder e aí se consolidou com um projeto consistente de melhoras sociais para grandes parcelas da população, além de também apresentar um projeto de desenvolvimento de país, ao notar a popularidade alta de dois presidentes petistas seguidos e os resultados eleitorais favoráveis do PT, bem como os êxitos de seus aliados políticos, começam a bombardear o partido, suas alianças e seus projetos de todas as maneiras possíveis, investindo em diversos escândalos fabricados, julgamentos de exceção, indústria do ‘mar de lama’ e da ‘corrupção anunciada’, enfim, o pior dos mundos – para que a população se arrependa e mude de idéia, retirando o prestígio dado ao partido que produziu as mudanças sociais necessárias.
 
             Não é por acaso que temos sempre manchetes que insinuam fatos inexatos, falsos ou tendenciosos, sempre de acordo com os interesses oposicionistas, tentando colar um rótulo de corrupção e ineficiência ou incompetência ao partido que chegou ao poder pelo voto popular – e aí se manteve graças ao reconhecimento desses eleitores, muitos dos quais beneficiados com políticas públicas de caráter social.

             Não é por acaso que na hora de um julgamento político sob critérios anômalos se divulguem fatos truncados e se aplauda tanto os algozes que julgam de maneira excepcional, aproveitando o momento para colocar no ar filmes e programas com a palavra e o tema corrupção no título ou no enredo ou novelas cujo núcleo é povoado de criminosos. Quem tem um monopólio de tv a cabo e a escolha de sua programação, além da maior central de produções de teledramaturgia do Brasil, pode fazer isso com certa facilidade. Isso sem falar do império que reúne um importante site de internet, uma grande produtora e distribuidora de filmes, uma grande produtora e distribuidora musical, rádios, revistas, jornais e dezenas de emissoras e jornais associados.

             Não é por acaso que agora nos aparecem com uma telenovela na qual os personagens de destaque são – nada mais nada menos – que nossos velhos conhecidos, os militares, já reabilitados em suas fardas reluzentes, protagonizados por atores com pinta de galãs, vivendo romances e dramas comuns e simbolizando valentia, beleza, compostura, lisura, disciplina, virilidade e coragem ...  
    
             Ah, Globo safadinha! ...

F.Prieto

Um comentário:

  1. Obs.: reparo que a estratégia da emissora e de certa mídia é (e sempre foi) estimular ou ampliar antagonismos - inclusive entre classes - e jogar grupos adversários uns contra os outros para beneficiar algum terceiro. Seguindo essa lógica, a idéia de 'reabilitar' os militares agora é para dar-lhes alguma força temporária a e ameaçar um retrocesso, caso o PT consiga colocar a militância na rua para protestar contra a atual onda de arbítrio promovida pelo bloco PGR/STF/Mídia. O PIG (Globo, Veja, Folha, Estadão, Istoé, Zerohora, Correio Braziliense, Band, Época, Estado de Minas ...), como se sabe e se mostra evidente, é alinhado politicamente com o tucanato, a quem busca trazer de volta ao poder na falta de algum outro grupo político de peso no qual confiem.

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