terça-feira, 22 de dezembro de 2015
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
IMPEACHMENT É GOLPE - DILMA FICA
POR QUE DIZEMOS QUE O PEDIDO DE
IMPEACHMENT É GOLPE
1 – Até hoje ninguém foi afastado com
base nesse argumento supostamente legal. Nem governantes federais anteriores,
apesar de terem incorrido em idênticas práticas, e nem prefeitos e governadores
sujeitos às mesmas normas. A lei, se existe, não pode valer para punir um único
partido ou governante e sua aplicação não pode ser seletiva.
2 – A irregularidade havida seria
meramente relativa a prazos contábeis e a situações fiscais já sanadas. Com a
aprovação do PLN 05/2015, que autoriza alteração da meta fiscal (leia-se:
superávit ou déficit eventual), pode-se inclusive dispor de recursos para
atender a outras demandas.
3 – Não houve, a rigor, crime algum.
Diferiu-se (isto é: adiou-se) o pagamento de uma compensação federal a bancos
públicos federais por ter havido queda imprevista na arrecadação fiscal, devida
a fatores extrínsecos e imprevisíveis. Não houve e nem há apropriação indébita, prejuízo ao país e muito menos dano ao erário.
4 – O grupo de Aécio Neves, incluindo
diretórios e políticos do seu partido, o PSDB, seus aliados do DEM e outros que
integram a oposição permanente ao governo Dilma e ao país vêm tentando, por
várias vias e de modo permanente, com ajuda de meios de comunicação de massa, impedir a governabilidade, o que
demonstra serem maus perdedores. Mais de um ano após a derrota eleitoral
sofrida por eles ainda não a assimilaram e, por isso, tentam golpes sob vários
pretextos.
5 – Parar o Congresso uma vez mais
para decidir sobre essa questão joga o país em um ambiente de instabilidade
política e econômica estendida valendo-se, para isso, de acusações de supostas infrações formais
passadas e já sanadas e de um rigorismo legal inédito. Outras tentativas
anteriores de estorvar o governo, o processo legislativo e o país ocorreram com
o adiamento das votações para aprovar o orçamento nacional anual, CPIs
intermináveis e quedas de braço sobre ajustes fiscais. No entanto, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), atual presidente da Câmara Federal, colocou em votação as
contas de outros governos anteriores – paradas ali há duas décadas e meia – para
acelerar a tentativa de golpe contra Dilma. Ele, que responde a processo por
improbidade no Conselho de Ética da própria casa, sob denúncia do Ministério
Público Federal, por ser o titular de contas não declaradas na Suíça e ter bens
incompatíveis com seu salário. A aceitação do pedido de impedimento e sua
própria propositura são puras revanches.
O Brasil precisa se livrar para
sempre do fantasma de, a cada 20 ou 30 anos, sofrer novos golpes de estado, sejam
sob que pretextos forem. A cada golpe, a população padece e o país retrocede
décadas em seu desenvolvimento econômico e social. O real objetivo disso é
tentar abortar o processo de grandes transformações sociais iniciadas a partir
de 2003, plenamente reconhecidas pela ONU e suas agências e outros organismos
multilaterias, e nos manter escravos de políticos neoliberais e seus patrões de
sempre. Não passarão. Se houver golpe, haverá resistência. Dilma fica!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
terça-feira, 24 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
NEM TERROR E NEM GUERRA
NEM TERROR E NEM GUERRA
Se
equivoca bastante quem pensa que os atos de terror que têm ocorrido pelo mundo
são manifestações isoladas de selvageria unilateral. Analisando a origem e os
motivos declarados dos que os têm praticado – ainda que qualquer ato terrorista
seja plenamente injustificável – nota-se que se trata de reações extremas e
sequenciais, cujo suposto embasamento é um radicalismo fundamentalista, e que são tomadas
por pessoas que, embora tendo nascido ou sido criadas dentro dela, estão à
margem da sociedade ocidental, ou por pessoas originárias de países massacrados
por essa sociedade e que buscam algum tipo de acerto de contas posterior com ela.
Seria a conta tardia do
colonialismo dos séculos passados, ou contas novas de um neocolonialismo que
arma e financia facções para derrubar líderes populares por interesses geopolíticos
e econômicos no mundo todo, em especial em países islâmicos? Ou seria o dito ‘choque
de civilizações’ previsto por Samuel Huntington, que atribui unicamente às
identidades culturais e religiosas o principal eixo de conflitos no mundo pós Guerra
Fria? E, por falar nisso, quem decretou seu fim – já que tudo indica que ainda
estamos vivendo tal ciclo – embora com outra arquitetura?
Se minha análise não é de todo leviana, a
solução para este conflito não seria mais guerra ou mais dominação pós ou neocolonial.
E o chamado terror só serviria para realimentar ou dar justificativas – embora falsas, já que toda dominação e guerra também são plenamente injustificáveis –
aos que acham que com mais guerra se resolveria o problema e que o mundo só
estará seguro quando um dos lados for totalmente aniquilado. Mas de que lados
estamos falando? Da indústria bélica ocidental e dos fanáticos que ela arma? Dos interesses comerciais e de poder
ocidentais versus algum fundamentalismo cultural e religioso islâmico? Ou deveríamos,
em vez de lados, falar do direito de cada povo existir e viver em paz com sua
cultura, religião e riquezas?
P.S. Os meios jornalísticos
ocidentais que cobriram os recentes ataques a civis no Ocidente se esqueceram
de listar, também, todos os ataques a bomba e ocupações de países muçulmanos,
com centenas de milhares de mortos. Alguma vida vale menos que as demais e
algum motivo para matar é mais sagrado ou justificável que outros? Eu penso que não ...
قد سلام الله يسود في قلوبنا - May God's peace prevail in our hearts
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
MARGINAL É QUEM NOS ATACA DESLEALMENTE
Quem cita o PT como sendo um partido de gente
desonesta e até malfeitora ou 'da boquinha' não raciocina que, se isso fosse mesmo verdade, nada nos impediria de detonar o Moro, a Veja e até a Globo
completamente - ou quem quer que nos ataque de forma desleal - e que estaríamos bem menos isolados. Detonar mesmo, usando os meios mais radicais, sórdidos ou
violentos. Covardes e incapazes não somos, então, as únicas coisas que nos
impedem de comprar delegados, procuradores e juízes e colocá-los no seu devido lugar pela truculência
e/ou manipulação das forças institucionais e de promover perseguição e devassa
contra quem nos ataca diariamente são, justamente, a ética e um republicanismo
louvável - ainda que em muitos momentos isso nos deixe em situações delicadas e
de aparente fragilidade. Nossa maior força, na realidade, está nisso. Não confundam civilidade com fraqueza. Não misturem uma aparente placidez e frieza com apatia ou abulia e, muito menos, com medo. E jamais acreditem nas supostas cisões contínuas que tentam nos atribuir para nos dividir de fato. Quem nos ataca é que não tem caráter e nem capacidade de exercer o respeito institucional e ao próximo.
sábado, 31 de outubro de 2015
QUEREMOS NOS VER COMO SOMOS E DIZER O QUE PENSAMOS
sábado, 24 de outubro de 2015
terça-feira, 13 de outubro de 2015
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
terça-feira, 6 de outubro de 2015
A JUSTIÇA E O TCU NÃO PODEM ESCOLHER OU PRIVILEGIAR RÉUS OU PARTIDOS
SOBRE
‘PEDALADAS FISCAIS’
Tema sobre o qual se concentram
os opositores de Dilma – incluindo a Rede Globo, cujos veículos são campeões
imbatíveis dessa expressão no site de buscas Google - as tais das pedaladas já
teriam se iniciado bem antes, a partir de 2001, segundo José Eduardo Cardozo, atual
ministro da Justiça, e pelo menos desde o governo Itamar, segundo a fiscal de
rendas aposentada Maria Lúcia Fattorelli. Mas o que seriam mesmo as tais
‘pedaladas’? Quem criou o apelido é que deveria explicar, já que parece entender
muito do assunto. A direita tucana, mestra em inventar apelidos, foi quem
surgiu com o pedido de rejeição das contas do governo Dilma pelo TCU. E logo, a
mídia que lhe é associada começou a usar o curioso termo ‘pedaladas fiscais’
exaustivamente – coincidentemente com momento em que a militância petista dizia
‘pedala Aécio’ e ‘pedala PSDB’ a seus opositores.
São pedaladas diversas: a que o PT joga
para os tucanos é uma gozação, do tipo: vocês ainda estão muito longe de nos
alcançar em realizações e votos. Já a pedalada da qual Dilma é acusada pelos tucanos é algo que, segundo
Cardozo e Fattorelli, já ocorreria há bastante tempo – ou pelo menos desde antes
da chegada do PT ao poder. Segundo os inimigos de Dilma, em declaração ao
Estadão, o objetivo é o mesmo de sempre: tirá-la do poder. É no mínimo muita
franqueza ou cara de pau, já que todos os entes federativos são acusados de
incidir na mesma prática e são governados por partidos variados e vez que os
próprios tucanos já incidiram nela também.
Objetivamente, a tal da ‘pedalada’ seria uma
maquiagem nas contas públicas que pode ocorrer de várias maneiras - cópia de uma prática comum na iniciativa privada: atrasando repasses a
devedores (incluídos, aí, bancos públicos), antecipando receitas como forma de
aumentar o caixa e melhorar o balanço e, por fim, diminuindo superávits a serem
observados. Acusa-se Dilma de haver incidido na primeira e terceira práticas. Quando isso ocorre no momento em que um partido deixa o governo pode ser considerado uma fraude, um crime, mas nunca alguém foi punido severamente por isso no país.
E quando ocorre entre mandatos de um mesmo governante, funciona como um tipo de
ajuste para ganhar fôlego no caixa – mas é algo que depois pode ser corrigido ou revertido com relativa facilidade.
Os que inventaram o artifício deveriam se
envergonhar de cobrar que o governo de um único partido não o pratique ou que seja punido seletivamente por isso. Uma das
fontes do Direito é o costume. Se, apesar das leis em contrário, sempre
foi praticado, é como uma lei que ‘não pegou’. E por que deveria ‘pegar’ só
agora? Justiça que seleciona réus não é justa, justiça que pune seletivamente é
persecutória. Independente desse fato, outros: seria isso razão suficiente para
pedir o ‘impeachment’ de uma presidenta recém reeleita? A resposta é óbvia: se
nunca foi coibido – apesar de ocorrer nas esferas federal, estadual e municipal
desde longa data – é porque não deve tratar-se de algo tão grave. Se não houve
apropriação de recursos e se pode facilmente corrigir, representando mais
um desequilíbrio momentâneo de contas que prejuízo concreto para o país, não há
como pretender qualquer penalidade máxima para quem o praticou após todos terem feito igual ou pior. A justiça não pode escolher réus e nem ser seletiva.
No máximo, o que pode ser feito é
o que sempre foi feito até aqui: aprovam-se as contas com ressalvas, com um
prazo razoável para se corrigirem os erros. Nenhum – repito – nenhum presidente
teve suas contas totalmente rejeitadas pelo TCU até hoje, mesmo havendo várias
irregularidades. As normas não podem vigorar só a partir de Lula ou só a partir
de Dilma.
Obs.: Para tentar
limpar a pauta e poder perseguir Dilma, a Câmara aprovou em agosto de 2015, em um
único dia, contas de 4 presidentes desde
Itamar Franco (1992 a 1994).
Obs.2: O TCU não é órgão do Judiciário, e sim um órgão auxiliar do poder Legislativo. Mas, como exerce função de julgar contas, deveria seguir os mesmos princípios éticos exigíveis ao Judiciário.
Obs.2: O TCU não é órgão do Judiciário, e sim um órgão auxiliar do poder Legislativo. Mas, como exerce função de julgar contas, deveria seguir os mesmos princípios éticos exigíveis ao Judiciário.
Flávio B.Prieto da Silva
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
OPOSITORES JURARAM QUE IA DAR ERRADO, NÃO FOI?
Pré-sal: perfuração confirma potencial de petróleo de boa qualidade em Carcará
28.Set.2015
A perfuração do terceiro poço na área de Carcará (Bloco BM-S-8), localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, confirmou a descoberta de petróleo leve e de boa qualidade (31º API) nos reservatórios do pré-sal. O poço 3-SPS-104DA (nomenclatura Petrobras), informalmente conhecido como Carcará Noroeste, está situado na área do Plano de Avaliação da Descoberta do poço descobridor 4-SPS-86B (Carcará) e se localiza a 5,5 km a noroeste do poço descobridor, em profundidade de água de 2.024 metros, a cerca de 226 km do litoral do estado de São Paulo.
Dados de pressão comprovam tratar-se da mesma acumulação dos outros dois poços anteriormente perfurados na área, confirmando a extensão para oeste da descoberta do poço 4-SPS-86B. O poço está situado em reservatórios carbonáticos com excelentes características, situados logo abaixo da camada de sal, a partir de 5.870 metros de profundidade, e constatou uma expressiva coluna de 318 metros de óleo, não tendo atingido o contato óleo/água dessa acumulação.
Nos próximos dias serão iniciadas operações previstas no Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) para a avaliação da produtividade dos reservatórios do pré-sal por meio de testes de formação no poço 3-SPS-105, cuja perfuração foi recentemente concluída. O Plano de Avaliação da descoberta de Carcará aprovado pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem término previsto para março de 2018.
Operamos (66%) o consórcio em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (10%).
Postado em: [Atividades, Institucional]
Fonte: http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/pre-sal-perfuracao-confirma-potencial-de-petroleo-de-boa-qualidade-em-carcara.htm
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
ALIANÇAS POLÍTICAS E A 'INSIGNIFICANTE' QUESTÃO DA GOVERNABILIDADE
F.Prieto
Pretender
que o PT rompa de vez a aliança com o PMDB, partido do vice-presidente, com o
qual o PT se coligou para eleger a chapa Dilma-Temer, é o mesmo que dizer
agora:
- Amputem uma
das pernas do governo, depois peçam que caminhe sem ela.
Aliados
querem poder governar junto, sempre foi assim e sempre será. Hoje, o PMDB
tem participação totalmente minoritária no governo em termos de número de
ministérios: 6 em 39 (vários dos quais são meras secretarias, diga-se de
passagem). E por isso exige mais - o que seria de se esperar - para garantir
fidelidade.
Aliança é
aliança, negar a importância do PMDB no Congresso e no cenário político nacional
é fugir à realidade: é a 1ª maior bancada no Senado e 2ª maior na Câmara, maior
partido em número de prefeitos e governadores. Sim, Cunha e um bando de gente
que o apoia são um mal para o país e para o governo, mas ele mesmo já pulou fora
do barco e disse que não respeitaria a aliança. Deve se fritar só, por seus
próprios erros e atitudes. Acabará isolado, certamente, se seguir por essa via.
Muitos dos
que pedem que o PT abandone a aliança com o PMDB unilateralmente gostariam de
ver o PT sem aliado algum, para poderem tirá-lo do poder mais fácilmente e ceder seu
lugar a outro partido, verdade seja dita. Não é pelo bem do governo, do PT e do país, na
maior parte dos casos. Não se rompem alianças assim, oportunisticamente e não
se governa sozinho: isso é suicídio político, pois não se aprova sequer orçamento. O PT cobrou que o PMDB fosse
aliado verdadeiro e o PMDB cobra maior participação no governo: é assim que é - o que é muito distinto de dizer que o governo deixará o PMDB impor suas visões políticas e cogovernar como bem entender.
Se, no futuro,
o PT tiver alguma possibilidade de alianças menos ambíguas ou delas não necessitar, claro que optará
por fazê-lo - mas até aqui, temos um leque de oposições que vão desde a
esquerda à direita mais radicais - que querem igualmente apear o PT do poder
por razões egoístas e sórdidas. E alguns poucos aliados sinceros e elogiáveis,
como o PCdoB.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA: "QUE HORAS ELA VOLTA?"
"Que horas ela volta?" – interessante filme de Anna Muylaert. Outros filmes recentes abordam o tema das relações patrões-empregados domésticos e a situação de mães que deixam seus filhos para cuidar dos filhos de outras pessoas por necessidade. Esses filmes são: "Domésticas" (2001), de Fernando Meirelles, e o chileno "A Criada" (2009), de Sebastián Silva. Todos mostram, a seu modo, que há uma teia de hipocrisias nas relações de fachada entre patrões e empregados e situações de sacrifícios familiares, mas acabam construindo um libelo quase unilateral, tendente a um maniqueísmo que aponta culpas (do tipo 'patrão ruim' x 'empregado bom'). Nas avaliações ao filme de Anna Muylaert, alguns dizem tratar-se de uma denúncia das tentativas frustradas de conciliação de classe. Mas o antagonismo entre pessoas por razões de classe é ou deveria ser absoluto? Não há possibilidade de cooperação genuína entre pessoas – mesmo em relações econômicas desiguais? E será que o mundo e a história se resumem mesmo à luta permanente, inevitável e implacável entre pessoas divididas em classes ou há, de fato, situações intermediárias em que ocorre cooperação, seja por necessidade ou mesmo espontânea? O que se critica, a meu ver, são os estereótipos, mas incidindo, em alguns momentos, em outros. Nesse aspecto, o filme "Que horas ela volta?" parece ser o mais tendente a unilateralizar as fontes de conflitos e a visão negativa dos patrões - colocados como alienados burgueses hipócritas, meio desalmados ou insanos. Nos filmes de Meirelles e Sebastián Silva, todavia, essa relação parece mais diluída, fluida e variável.
O outro foco do filme é a situação de mães que deixam outras pessoas cuidando de seus filhos por razões diversas - seja por necessidade financeira ou por tentarem seguir seus sonhos e carreiras. Nesse aspecto, acho o roteiro de "Que horas ela volta" (“The Second Mother”, em Inglês) bem construído, ao mostrar que a própria filha da empregada, que fora deixada pela mãe em outro estado (e que por isso se acha no direito de julgá-la), acaba repetindo-a. A mãe do menino rico também não tem tempo para lhe dar afeto na mesma medida que a empregada, que está sempre em casa e compensa a ausência da filha dedicando atenções especiais ao filho da patroa – demostrando que tal problema não seria exclusivo das classes mais baixas – embora seja apresentado num caso como necessidade, e, em outro, como mera opção. Pontos fortes do filme? As atuações dos cinco co-protagonistas (Regina Casé, Camila Márdila, Karina Teles, Lourenço Mutarelli e Michel Joelsas), com destaque para Regina e Camila, além de situações bem boladas de humor crítico e alguns momentos dramáticos específicos mais líricos ou densos (a fórmula não é nova, mas funciona!). Fotografia e cenários criativos e bem cuidados e ritmo de ação que consegue manter a atenção do público em alta. O filme vale como reflexão e exercício crítico e poético.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
O GRAMADO INGLÊS
O GRAMADO INGLÊS
Meu irmão contava uma estória sobre
gramados cuja ideia central é válida hoje e, acredito eu, sempre. Um americano
perguntou a um inglês o que era necessário fazer para ter um gramado tão belo,
verde e viçoso como os encontrados em vários locais da Inglaterra. O inglês
parou, coçou a cabeça, pensou um pouco, e começou a dar uma série de dicas
sobre botânica, jardinagem, rega – tudo bastante técnico e preciso como
costumam ser os ingleses. O americano pôs mãos à obra e fez tudo o que o amigo
havia dito, mas ao fim de um ano de trabalho árduo e muitos cuidados não havia
conseguido um gramado à altura dos que vira na Inglaterra e em revistas e
filmes sobre aquele país. Assim que teve oportunidade, entrou em contato com o
amigo e contou que fizera tudo o que fora sugerido por ele, sem porém obter
sucesso. Perguntou, então, o que faltaria fazer para que seu gramado ficasse
igualzinho aos ingleses. O inglês respondeu: esperar. Mas esperar quanto tempo
– disse o americano – e o inglês respondeu calmamente: séculos!
Isso ilustra a ideia de que cada coisa
ou processo vivo tem seu tempo de maturação, a vida e a natureza não dão saltos
e o único a fazer, às vezes, é perseverar e esperar. Perseverar significa
persistir, insistir, acreditar e seguir em frente em alguma decisão ou atitude.
Esperar ... bom, nem todos sabem fazer isso, embora a maioria saiba o que
significa. Quando alguém cobrar que o país melhore a olhos vistos e em ritmo célere, lembre-se dessa estória. Mudanças sociais e culturais, principalmente, costumam levar tempo!
Flávio B.Prieto
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
"Escravocratas" - Cruz e Sousa: O Poeta do Desterro (2000)
Kadu Carneiro (1961-2005) declama "Escravocratas", direção de Sylvio Back.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
PRÊMIO LÚCIO COSTA DE MOBILIDADE, SANEAMENTO E HABITAÇÃO
Prêmio pela gestão hídrica paulista em 2015: - Parabéns, Alckmin!
- Valeu, João P. Papa (PSDB-SP), por indicá-lo! Você é o piadista do ano!!!
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COMO RODRIGO MAIA, PAULO GUEDES E A GLOBO ESTÃO TE ENGANANDO SOBRE O SERVIÇO PÚBLICO
AQUI ESTÃO AS 7 PRINCIPAIS MENTIRAS QUE TE CONTAM SOBRE O SERVIÇO PÚBLICO (com dados confiáveis que destroem essas mentiras) MENTIRA...
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