Muito se tem dito sobre a necessidade e conveniência de passarmos do estágio da democracia representativa ao da democracia participativa, ou de se buscar um ponto intermediário de equilíbrio entre ambas as formas. Democracia pressupõe sempre algum grau de participação popular cidadã, decerto. No entanto, embora boa parte dos instrumentos já existentes sejam pouco conhecidos e subutilizados pela população brasileira em geral, postula-se que a única forma de melhorar a frágil e jovem democracia brasileira seja aumentando a participação popular direta.
Nada contra isso, mas se tal não vier acompanhado de um esforco educativo para a política, exercicio da cidadania e suas diversas formas e consequências, corre-se o risco de não funcionar como se espera. E o importante é que não apenas funcione, mas funcione bem. Então, viva a PNPS e seus espaços e mecanismos, instância a princípio somente consultiva mas que poderá servir para aferirmos o grau de desejo concreto de participação e a adaptação da sociedade em fazê-lo por tal via. Servirá, caso implementada integralmente, como balão de testes ou como protótipo para futuros vôos mais ambiciosos. Um passo, ou uma milha náutica, de cada vez.
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