Estamos na praça, mas não estamos parados. Estamos nas ruas, mas não estamos inertes ou calados vendo a banda passar: nós somos a banda e não tocamos e cantamos só coisas de amor - também cantamos e falamos sobre consciência social e política e sobre o desamor que insiste em voltar. Faz escuro mas eu canto, dizia Thiago de Mello! A escuridão voltou... mas todavia cantamos, como cantam as cigarras, os grilos e os pássaros do mundo e da pracinha da rua Inhangá, certos de que tudo vale a pena. Cantamos, porque o momento existe! Cante conosco e siga o movimento, que a vida também é música, força e momento! ...
Cantamos porque estamos vivos e resistimos. Cantamos porque estamos aí e todavia seguimos. Mesmo com toda manha, com toda sanha, toda 'picanha', somos como os galos de João Cabral, a tecer com nossos cantos as novas manhãs. Cantamos para não 'dançar' e para não escorregar - mas também dançamos quando queremos, para nos energizar e ficar Odara. Axé, Pai Oxalá! Quem samba, samba e quem sabe faz a hora. Valha-me Deus, Nossa Senhora, que a folia vai começar! Abram alas pra nossa folia ... ♫♫♫
Texto: Flávio Braga Prieto da Silva, integrante do Movimento Copacabana Por Diretas e Direitos, Já!
(Em homenagem a todos os que lutaram e lutam, e à galera valorosa do nosso movimento)
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