É injusto jogar a conta e as supostas
culpas da previdência sobre os servidores públicos civis. Quando os
trabalhadores comuns descontavam 8% sobre um valor sujeito a teto, já
contribuíamos com 11% sobre a totalidade de nossos proventos, descontados em folha. Não:
a culpa não é nossa!
Já os servidores militares, que
contribuem com apenas 7,5%, respondem, segundo notícias recentes, por quase
metade do suposto déficit - o qual só existe, na prática, porque o governo
desvincula valores recebidos a título de contribuição previdenciária para
outras áreas. Mas, absurdamente, não os incluíram na tal reforma. Nem a eles e
nem à classe política que pode se aposentar com apenas dois mandatos. E não foi
feito qualquer esforço para impedir a sonegação astronômica, tendo o atual
governo, ao contrário, perdoado bilhões em dívidas fiscais de empresários
sonegadores que já são bilionários. E nenhum combate sério às quadrilhas internas do próprio INSS e Receita.
Sabemos que a reforma da previdência anunciada prejudicará, na realidade, a totalidade da classe trabalhadora, excluídos os privilegiados de sempre, mas pesará mais - de maneira demagógica e injusta - sobre os servidores públicos civis. Chega do justo pagar pelo pecador e do
remediado ser cobrado por erros de bilionários. Quem deu origem a algum
déficit – se é que existe de fato – que arque com a solução. Cobrem primeiro de quem deve. Roubalheira
não!
Obs.: Entre os grandes sonegadores estão bancos e financeiras, importantes empresas de comunicação como a Rede Globo, SBT, Record e Bandeirantes, e empresas agropecuárias como a JBS que subornou meio mundo e cujos donos estão livres.
Obs.2: o famoso 'bug do envelhecimento' é uma farsa, já que no Brasil quem se aposenta continua contribuindo. Quanto mais vivemos, mais contribuímos.
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