Ameaçam, como fazem em toda ditadura (estamos vivendo um golpe, uma ditadura civil com ares de democracia, com apoio judicial, empresarial e militar, além de midiático e parlamentar), prender arbitrariamente um ex-presidente, por razões políticas revestidas de um verniz legalizante. Se isso acontecer, não há limite ou previsão do que possa acontecer. Deve haver reação e revolta. É normal que haja, se mais esse arbítrio for praticado, além dos pacotes prevendo cortes de direitos trabalhistas e previdenciários e entrega de bens públicos e outras riquezas a multinacionais.
Até aqui, temos ouvido procuradores do Ministério Público do Paraná, São Paulo e Brasília - os mesmos que compartilharam e compartilham postagens anti-Lula, anti-Dilma e anti-PT em suas redes sociais - dizerem que têm elementos para indiciar Lula e denunciá-lo perante o Judiciário, o que já foi feito. Só que os tais elementos baseiam-se em fatos manipulados e não-fatos, ou seja, em ilações e mentiras que são justificadas via meios de comunicação. É a tal da batalha comunicacional de que Dilma falava.
O clima persecutório chega ao ponto de um juiz dizer que a falta de provas é a prova da culpa de Lula. Isso seria apenas mais uma bravata ou batatada jurídica, caso tal juiz não fosse endeusado pela midia predominante de direita e por parte da sociedade que aceita de modo acrítico que um juiz possa extrapolar os limites da lei apenas por alegar que assim melhor se combate a corrupção. O mesmo juiz que se recusa a mandar investigar e a aceitar denúncias contra políticos de direita multidelatados. O mesmo que é filho de um dos fundadores do PSDB (partido ícone da direita no Brasil) em Maringá, sua cidade natal.
Se ocorrer o que ameaçam a toda hora fazer, ou seja, mandar prender Lula - o presidente que mais propôs e implementou políticas de erradicação da pobreza e de acesso universal aos bens sociais - não se pode prever o que ocorrerá com exatidão. Mas vai ter luta, vai ter revolta e vai ter reação popular - isso é certo!
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