O que temos visto no Brasil, desde
o início do primeiro mandato de Lula e intensificando-se agora, na gestão
Dilma, são ataques permanentes ao Partido dos Trabalhadores e a seus
representantes e aliados políticos, incluindo incontáveis tentativas de criminalizar
qualquer ação dos mesmos - ainda que ligada à vida privada. Incluem-se aí
ataques midiáticos, policiais e judiciais a familiares de Lula, tais como
esposa e filhos, como tentativas sub-reptícias de estorvar sua vida pessoal.
Manifestações de rua promovidas por opositores
políticos e seus institutos e movimentos têm sido apoiadas financeiramente por
nossa maior federação empresarial e pelo maior grupo cervejeiro da América
Latina, entre outros, além de contarem com o apoio incondicional dos principais
meios de comunicação de massa do país. Tudo isso para tentar reverter a vontade
popular expressa nas urnas em outubro de 2002, 2006, 2010 e 2014. Lula e Dilma,
como se sabe, são do PT – Partido dos Trabalhadores e desde antes de seus
primeiros mandatos já eram combatidos pela grande mídia associada à direita
política.
Como a
estratégia de rua não tem funcionado a contento, apelam para opositores que
ocupam cargos no Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas para
moverem processos intermináveis e consecutivos contra o grupo político que hoje
governa o país, deixando de investigar e punir qualquer delito dos que hoje são
oposição. O papel dos meios de comunicação hegemônicos aí é blindar esses
opositores, deixando de publicar nomes de políticos de direita envolvidos em
desvios, reduzindo o tempo de exposição dos mesmos quando são réus e
minimizando suas culpas. Desse modo, criam um sentimento de revolta contra o governo e seu partido em parte da
população que não tem acesso a outros meios ou que se deixa seduzir pelos
holofotes e forma bem acabada dos noticiários tele-radiofônicos e publicações
dos grandes meios.
Dificuldades financeiras oriundas de uma
situação de crise mundial que afeta bastante ao Brasil – país cuja economia
depende em grande parte do que exporta e importa – são traduzidas para o
eleitorado, pelos meios de comunicação de massa, como incompetência
governamental. Chegam ao ponto de omitir que há uma crise mundial, atenuando
notícias sobre a mesma e desvinculando-a do que ocorre no país – mas quando há
algum fato positivo na economia, dizem que a razão é exógena, externa. Mesmo
que diversos organismos da ONU elogiem e aplaudam várias de nossas políticas
atuais e seus resultados concretos, o tom dos meios é sempre pessimista e
negativista.
O que mais impressiona é a amplitude
do arco de alianças dos que propõem impeachment
à presidenta e prisão de petistas sob pretextos variados, e sua hipocrisia: tal aliança, tácita ou explícita, inclui
militaristas que pedem a volta da ditadura, neonazistas, neoliberais
ferrenhos, adeptos da pena de morte e da redução da maioridade penal,
fundamentalistas religiosos, empresários oligopolistas e a quase totalidade dos
grandes meios em graus variáveis. O argumento de que é preciso preservar a
institucionalidade chega a ser ridicularizado com contra-argumentos de que ‘o
mercado exige mudanças’ e que notícas sobre impeachment e prisões o acalmam ...
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