sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

IMPEACHMENT É GOLPE - DILMA FICA

POR QUE DIZEMOS QUE O PEDIDO DE IMPEACHMENT É GOLPE

1 – Até hoje ninguém foi afastado com base nesse argumento supostamente legal. Nem governantes federais anteriores, apesar de terem incorrido em idênticas práticas, e nem prefeitos e governadores sujeitos às mesmas normas. A lei, se existe, não pode valer para punir um único partido ou governante e sua aplicação não pode ser seletiva.

2 – A irregularidade havida seria meramente relativa a prazos contábeis e a situações fiscais já sanadas. Com a aprovação do PLN 05/2015, que autoriza alteração da meta fiscal (leia-se: superávit ou déficit eventual), pode-se inclusive dispor de recursos para atender a outras demandas.

3 – Não houve, a rigor, crime algum. Diferiu-se (isto é: adiou-se) o pagamento de uma compensação federal a bancos públicos federais por ter havido queda imprevista na arrecadação fiscal, devida a fatores extrínsecos e imprevisíveis. Não houve e nem há apropriação indébita, prejuízo ao país e muito menos dano ao erário.

4 – O grupo de Aécio Neves, incluindo diretórios e políticos do seu partido, o PSDB, seus aliados do DEM e outros que integram a oposição permanente ao governo Dilma e ao país vêm tentando, por várias vias e de modo permanente, com ajuda de meios de comunicação de massa, impedir a governabilidade, o que demonstra serem maus perdedores. Mais de um ano após a derrota eleitoral sofrida por eles ainda não a assimilaram e, por isso, tentam golpes sob vários pretextos.

5 – Parar o Congresso uma vez mais para decidir sobre essa questão joga o país em um ambiente de instabilidade política e econômica estendida valendo-se, para isso, de acusações de supostas infrações formais passadas e já sanadas e de um rigorismo legal inédito. Outras tentativas anteriores de estorvar o governo, o processo legislativo e o país ocorreram com o adiamento das votações para aprovar o orçamento nacional anual, CPIs intermináveis e quedas de braço sobre ajustes fiscais. No entanto, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atual presidente da Câmara Federal, colocou em votação as contas de outros governos anteriores – paradas ali há duas décadas e meia – para acelerar a tentativa de golpe contra Dilma. Ele, que responde a processo por improbidade no Conselho de Ética da própria casa, sob denúncia do Ministério Público Federal, por ser o titular de contas não declaradas na Suíça e ter bens incompatíveis com seu salário. A aceitação do pedido de impedimento e sua própria propositura são puras revanches.


O Brasil precisa se livrar para sempre do fantasma de, a cada 20 ou 30 anos, sofrer novos golpes de estado, sejam sob que pretextos forem. A cada golpe, a população padece e o país retrocede décadas em seu desenvolvimento econômico e social. O real objetivo disso é tentar abortar o processo de grandes transformações sociais iniciadas a partir de 2003, plenamente reconhecidas pela ONU e suas agências e outros organismos multilaterias, e nos manter escravos de políticos neoliberais e seus patrões de sempre. Não passarão. Se houver golpe, haverá resistência. Dilma fica! 

Flávio B.Prieto da Silva


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A VOLTA DO BANQUEIRO

Pro Jornal O Globo, o 'queridinho da mídia' e banqueiro André Esteves - que pagou a lua de mel de Aécio Neves (PSDB) - seria amigo do PT ..

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

NEM TERROR E NEM GUERRA

NEM TERROR E NEM GUERRA
               Se equivoca bastante quem pensa que os atos de terror que têm ocorrido pelo mundo são manifestações isoladas de selvageria unilateral. Analisando a origem e os motivos declarados dos que os têm praticado – ainda que qualquer ato terrorista seja plenamente injustificável – nota-se que se trata de reações extremas e sequenciais, cujo suposto embasamento é um radicalismo fundamentalista, e que são tomadas por pessoas que, embora tendo nascido ou sido criadas dentro dela, estão à margem da sociedade ocidental, ou por pessoas originárias de países massacrados por essa sociedade e que buscam algum tipo de acerto de contas posterior com ela.
             Seria a conta tardia do colonialismo dos séculos passados, ou contas novas de um neocolonialismo que arma e financia facções para derrubar líderes populares por interesses geopolíticos e econômicos no mundo todo, em especial em países islâmicos? Ou seria o dito ‘choque de civilizações’ previsto por Samuel Huntington, que atribui unicamente às identidades culturais e religiosas o principal eixo de conflitos no mundo pós Guerra Fria? E, por falar nisso, quem decretou seu fim – já que tudo indica que ainda estamos vivendo tal ciclo – embora com outra arquitetura?
           Se minha análise não é de todo leviana, a solução para este conflito não seria mais guerra ou mais dominação pós ou neocolonial. E o chamado terror só serviria para realimentar ou dar justificativas – embora falsas, já que toda dominação e guerra também são plenamente injustificáveis – aos que acham que com mais guerra se resolveria o problema e que o mundo só estará seguro quando um dos lados for totalmente aniquilado. Mas de que lados estamos falando? Da indústria bélica ocidental e dos fanáticos que ela arma? Dos interesses comerciais e de poder ocidentais versus algum fundamentalismo cultural e religioso islâmico? Ou deveríamos, em vez de lados, falar do direito de cada povo existir e viver em paz com sua cultura, religião e riquezas?
P.S. Os meios jornalísticos ocidentais que cobriram os recentes ataques a civis no Ocidente se esqueceram de listar, também, todos os ataques a bomba e ocupações de países muçulmanos, com centenas de milhares de mortos. Alguma vida vale menos que as demais e algum motivo para matar é mais sagrado ou justificável que outros?  Eu penso que não ...


Flávio B.Prieto da Silva
Que la paix de Dieu puisse régner dans nos coeurs

قد سلام الله يسود في قلوبنا - May God's peace prevail in our hearts

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

PIADA DE MAU GOSTO

É SÉRIO, GALERA???  ALGUÉM, ME BELISCA!

Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/paulinho-da-forca-vira-reu-no-stf-mpf-acusa-o-deputado-de-crime-contra-o-sistema-financeiro-lavagem-de-dinheiro-e-formacao-de-quadrilha.html

RAZÕES ÉTICAS

ESSE É ÉTICO! ME LEMBRA ATÉ O PAULINHO DA FORÇA E O EDUARDO CUNHA! 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

MARGINAL É QUEM NOS ATACA DESLEALMENTE

Quem cita o PT como sendo um partido de gente desonesta e até malfeitora ou 'da boquinha' não raciocina que, se isso fosse mesmo verdade, nada nos impediria de detonar o Moro, a Veja e até a Globo completamente - ou quem quer que nos ataque de forma desleal - e que estaríamos bem menos isolados. Detonar mesmo, usando os meios mais radicais, sórdidos ou violentos. Covardes e incapazes não somos, então, as únicas coisas que nos impedem de comprar delegados, procuradores e juízes e colocá-los no seu devido lugar pela truculência e/ou manipulação das forças institucionais e de promover perseguição e devassa contra quem nos ataca diariamente são, justamente, a ética e um republicanismo louvável - ainda que em muitos momentos isso nos deixe em situações delicadas e de aparente fragilidade. Nossa maior força, na realidade, está nisso. Não confundam civilidade com fraqueza. Não misturem uma aparente placidez e frieza com apatia ou abulia e, muito menos, com medo. E jamais acreditem nas supostas cisões contínuas que tentam nos atribuir para nos dividir de fato. Quem nos ataca é que não tem caráter e nem capacidade de exercer o respeito institucional e ao próximo. 




sábado, 31 de outubro de 2015

QUEREMOS NOS VER COMO SOMOS E DIZER O QUE PENSAMOS

Em lugar de celebridades, animadores, apresentadores, analistas e tragédias, queremos uma TV em que possamos nos ver como somos e dizer o que pensamos.

* Na foto, o blogueiro Sala Fério (Flávio Prieto) e a professora Tunica (Antonia Barbosa Píncano) da Unirio, em manifestação de apoio a Dilma na Cinelândia.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A JUSTIÇA E O TCU NÃO PODEM ESCOLHER OU PRIVILEGIAR RÉUS OU PARTIDOS

SOBRE ‘PEDALADAS FISCAIS’

              Tema sobre o qual se concentram os opositores de Dilma – incluindo a Rede Globo, cujos veículos são campeões imbatíveis dessa expressão no site de buscas Google - as tais das pedaladas já teriam se iniciado bem antes, a partir de 2001, segundo José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça, e pelo menos desde o governo Itamar, segundo a fiscal de rendas aposentada Maria Lúcia Fattorelli. Mas o que seriam mesmo as tais ‘pedaladas’? Quem criou o apelido é que deveria explicar, já que parece entender muito do assunto. A direita tucana, mestra em inventar apelidos, foi quem surgiu com o pedido de rejeição das contas do governo Dilma pelo TCU. E logo, a mídia que lhe é associada começou a usar o curioso termo ‘pedaladas fiscais’ exaustivamente – coincidentemente com momento em que a militância petista dizia ‘pedala Aécio’ e ‘pedala PSDB’ a seus opositores.
              São pedaladas diversas: a que o PT joga para os tucanos é uma gozação, do tipo: vocês ainda estão muito longe de nos alcançar em realizações e votos. Já a pedalada da qual Dilma é acusada pelos tucanos é algo que, segundo Cardozo e Fattorelli, já ocorreria há bastante tempo – ou pelo menos desde antes da chegada do PT ao poder. Segundo os inimigos de Dilma, em declaração ao Estadão, o objetivo é o mesmo de sempre: tirá-la do poder. É no mínimo muita franqueza ou cara de pau, já que todos os entes federativos são acusados de incidir na mesma prática e são governados por partidos variados e vez que os próprios tucanos já incidiram nela também.
             Objetivamente, a tal da ‘pedalada’ seria uma maquiagem nas contas públicas que pode ocorrer de várias maneiras - cópia de uma prática comum na iniciativa privada: atrasando repasses a devedores (incluídos, aí, bancos públicos), antecipando receitas como forma de aumentar o caixa e melhorar o balanço e, por fim, diminuindo superávits a serem observados. Acusa-se Dilma de haver incidido na primeira e terceira práticas. Quando isso ocorre no momento em que um partido deixa o governo pode ser considerado uma fraude, um crime, mas nunca alguém foi punido severamente por isso no país. E quando ocorre entre mandatos de um mesmo governante, funciona como um tipo de ajuste para ganhar fôlego no caixa – mas é algo que depois pode ser corrigido ou revertido com relativa facilidade.
             Os que inventaram o artifício deveriam se envergonhar de cobrar que o governo de um único partido não o pratique ou que seja punido seletivamente por isso. Uma das fontes do Direito é o costume. Se, apesar das leis em contrário, sempre foi praticado, é como uma lei que ‘não pegou’. E por que deveria ‘pegar’ só agora? Justiça que seleciona réus não é justa, justiça que pune seletivamente é persecutória. Independente desse fato, outros: seria isso razão suficiente para pedir o ‘impeachment’ de uma presidenta recém reeleita? A resposta é óbvia: se nunca foi coibido – apesar de ocorrer nas esferas federal, estadual e municipal desde longa data – é porque não deve tratar-se de algo tão grave. Se não houve apropriação de recursos e se pode facilmente corrigir, representando mais um desequilíbrio momentâneo de contas que prejuízo concreto para o país, não há como pretender qualquer penalidade máxima para quem o praticou após todos terem feito igual ou pior. A justiça não pode escolher réus e nem ser seletiva.
              No máximo, o que pode ser feito é o que sempre foi feito até aqui: aprovam-se as contas com ressalvas, com um prazo razoável para se corrigirem os erros. Nenhum – repito – nenhum presidente teve suas contas totalmente rejeitadas pelo TCU até hoje, mesmo havendo várias irregularidades. As normas não podem vigorar só a partir de Lula ou só a partir de Dilma.

Obs.: Para tentar limpar a pauta e poder perseguir Dilma, a Câmara aprovou em agosto de 2015, em um único dia,  contas de 4 presidentes desde Itamar Franco (1992 a 1994). 
Obs.2: O TCU não é órgão do Judiciário, e sim um órgão auxiliar do poder Legislativo. Mas, como exerce função de julgar contas, deveria seguir os mesmos princípios éticos exigíveis ao Judiciário.

Flávio B.Prieto da Silva

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

OPOSITORES JURARAM QUE IA DAR ERRADO, NÃO FOI?

Pré-sal: perfuração confirma potencial de petróleo de boa qualidade em Carcará

28.Set.2015
carcara.jpg
A perfuração do terceiro poço na área de Carcará (Bloco BM-S-8), localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, confirmou a descoberta de petróleo leve e de boa qualidade (31º API) nos  reservatórios do pré-sal. O poço 3-SPS-104DA (nomenclatura Petrobras), informalmente conhecido como Carcará Noroeste, está situado na área do Plano de Avaliação da Descoberta do poço descobridor 4-SPS-86B (Carcará) e se localiza a 5,5 km a noroeste do poço descobridor, em profundidade de água de 2.024 metros, a cerca de 226 km do litoral do estado de São Paulo.
Dados de pressão comprovam tratar-se da mesma acumulação dos outros dois poços anteriormente perfurados na área, confirmando a extensão para oeste da descoberta do poço 4-SPS-86B. O poço está situado em reservatórios carbonáticos com excelentes características, situados logo abaixo da camada de sal, a partir de 5.870 metros de profundidade, e constatou uma expressiva coluna de 318 metros de óleo, não tendo atingido o contato óleo/água dessa acumulação.
Nos próximos dias serão iniciadas operações previstas no Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) para a avaliação da produtividade dos reservatórios do pré-sal por meio de testes de formação no poço 3-SPS-105, cuja perfuração foi recentemente concluída.  O Plano de Avaliação da descoberta de Carcará aprovado pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem término previsto para março de 2018.
Operamos (66%) o consórcio em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (10%).
Postado em: [Atividades, Institucional]
Fonte: http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/pre-sal-perfuracao-confirma-potencial-de-petroleo-de-boa-qualidade-em-carcara.htm

O BALÃO VAI ESTOURAR!

- FURA, FURA, FURA!!! ...

terça-feira, 29 de setembro de 2015

ALIANÇAS POLÍTICAS E A 'INSIGNIFICANTE' QUESTÃO DA GOVERNABILIDADE

                                                                                                                                      F.Prieto
Pretender que o PT rompa de vez a aliança com o PMDB, partido do vice-presidente, com o qual o PT se coligou para eleger a chapa Dilma-Temer, é o mesmo que dizer agora:
- Amputem uma das pernas do governo, depois peçam que caminhe sem ela.
Aliados querem poder governar junto, sempre foi assim e sempre será. Hoje, o PMDB tem participação totalmente minoritária no governo em termos de número de ministérios: 6 em 39 (vários dos quais são meras secretarias, diga-se de passagem). E por isso exige mais - o que seria de se esperar - para garantir fidelidade.
Aliança é aliança, negar a importância do PMDB no Congresso e no cenário político nacional é fugir à realidade: é a 1ª maior bancada no Senado e 2ª maior na Câmara, maior partido em número de prefeitos e governadores. Sim, Cunha e um bando de gente que o apoia são um mal para o país e para o governo, mas ele mesmo já pulou fora do barco e disse que não respeitaria a aliança. Deve se fritar só, por seus próprios erros e atitudes. Acabará isolado, certamente, se seguir por essa via.
Muitos dos que pedem que o PT abandone a aliança com o PMDB unilateralmente gostariam de ver o PT sem aliado algum, para poderem tirá-lo do poder mais fácilmente e ceder seu lugar a outro partido, verdade seja dita. Não é pelo bem do governo, do PT e do país, na maior parte dos casos. Não se rompem alianças assim, oportunisticamente e não se governa sozinho: isso é suicídio político, pois não se aprova sequer orçamento. O PT cobrou que o PMDB fosse aliado verdadeiro e o PMDB cobra maior participação no governo: é assim que é - o que é muito distinto de dizer que o governo deixará o PMDB impor suas visões políticas e cogovernar como bem entender.
Se, no futuro, o PT tiver alguma possibilidade de alianças menos ambíguas ou delas não necessitar, claro que optará por fazê-lo - mas até aqui, temos um leque de oposições que vão desde a esquerda à direita mais radicais - que querem igualmente apear o PT do poder por razões egoístas e sórdidas. E alguns poucos aliados sinceros e elogiáveis, como o PCdoB.


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA: "QUE HORAS ELA VOLTA?"

"Que horas ela volta?" – interessante filme de Anna Muylaert. Outros filmes recentes abordam o tema das relações patrões-empregados domésticos e a situação de mães que deixam seus filhos para cuidar dos filhos de outras pessoas por necessidade. Esses filmes são: "Domésticas" (2001), de Fernando Meirelles, e o chileno "A Criada" (2009), de Sebastián Silva. Todos mostram, a seu modo, que há uma teia de hipocrisias nas relações de fachada entre patrões e empregados e situações de sacrifícios familiares, mas acabam construindo um libelo quase unilateral, tendente a um maniqueísmo que aponta culpas (do tipo 'patrão ruim' x 'empregado bom'). Nas avaliações ao filme de Anna Muylaert, alguns dizem tratar-se de uma denúncia das tentativas frustradas de conciliação de classe. Mas o antagonismo entre pessoas por razões de classe é ou deveria ser absoluto? Não há possibilidade de cooperação genuína entre pessoas – mesmo em relações econômicas desiguais? E será que o mundo e a história se resumem mesmo à luta permanente, inevitável e implacável entre pessoas divididas em classes ou há, de fato, situações intermediárias em que ocorre cooperação, seja por necessidade ou mesmo espontânea? O que se critica, a meu ver, são os estereótipos, mas incidindo, em alguns momentos, em outros. Nesse aspecto, o filme "Que horas ela volta?" parece ser o mais tendente a unilateralizar as fontes de conflitos e a visão negativa dos patrões - colocados como alienados burgueses hipócritas, meio desalmados ou insanos. Nos filmes de Meirelles e Sebastián Silva, todavia, essa relação parece mais diluída, fluida e variável.

O outro foco do filme é a situação de mães que deixam outras pessoas cuidando de seus filhos por razões diversas - seja por necessidade financeira ou por tentarem seguir seus sonhos e carreiras. Nesse aspecto, acho o roteiro de "Que horas ela volta" (“The Second Mother”, em Inglês) bem construído, ao mostrar que a própria filha da empregada, que fora deixada pela mãe em outro estado (e que por isso se acha no direito de julgá-la), acaba repetindo-a. A mãe do menino rico também não tem tempo para lhe dar afeto na mesma medida que a empregada, que está sempre em casa e compensa a ausência da filha dedicando atenções especiais ao filho da patroa – demostrando que tal problema não seria exclusivo das classes mais baixas – embora seja apresentado num caso como necessidade, e, em outro, como mera opção. Pontos fortes do filme? As atuações dos cinco co-protagonistas (Regina Casé, Camila Márdila, Karina Teles, Lourenço Mutarelli e Michel Joelsas), com destaque para Regina e Camila, além de situações bem boladas de humor crítico e alguns momentos dramáticos específicos mais líricos ou densos (a fórmula não é nova, mas funciona!). Fotografia e cenários criativos e bem cuidados e ritmo de ação que consegue manter a atenção do público em alta. O filme vale como reflexão e exercício crítico e poético. 

Flávio B.Prieto






sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O GRAMADO INGLÊS

O GRAMADO INGLÊS

Meu irmão contava uma estória sobre gramados cuja ideia central é válida hoje e, acredito eu, sempre. Um americano perguntou a um inglês o que era necessário fazer para ter um gramado tão belo, verde e viçoso como os encontrados em vários locais da Inglaterra. O inglês parou, coçou a cabeça, pensou um pouco, e começou a dar uma série de dicas sobre botânica, jardinagem, rega – tudo bastante técnico e preciso como costumam ser os ingleses. O americano pôs mãos à obra e fez tudo o que o amigo havia dito, mas ao fim de um ano de trabalho árduo e muitos cuidados não havia conseguido um gramado à altura dos que vira na Inglaterra e em revistas e filmes sobre aquele país. Assim que teve oportunidade, entrou em contato com o amigo e contou que fizera tudo o que fora sugerido por ele, sem porém obter sucesso. Perguntou, então, o que faltaria fazer para que seu gramado ficasse igualzinho aos ingleses. O inglês respondeu: esperar. Mas esperar quanto tempo – disse o americano – e o inglês respondeu calmamente: séculos!

Isso ilustra a ideia de que cada coisa ou processo vivo tem seu tempo de maturação, a vida e a natureza não dão saltos e o único a fazer, às vezes, é perseverar e esperar. Perseverar significa persistir, insistir, acreditar e seguir em frente em alguma decisão ou atitude. Esperar ... bom, nem todos sabem fazer isso, embora a maioria saiba o que significa. Quando alguém cobrar que o país melhore a olhos vistos e em ritmo célere, lembre-se dessa estória. Mudanças sociais e culturais, principalmente, costumam levar tempo! 

Flávio B.Prieto



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

COMO RODRIGO MAIA, PAULO GUEDES E A GLOBO ESTÃO TE ENGANANDO SOBRE O SERVIÇO PÚBLICO

AQUI ESTÃO AS 7 PRINCIPAIS MENTIRAS QUE TE CONTAM SOBRE O SERVIÇO PÚBLICO (com dados confiáveis que destroem essas mentiras) MENTIRA...